"Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena. O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Sentindo uma nostalgia inexplicável,
Um sentimento de ternura provável.
Resolvi numa tarde caminhar devagar,
Meu corpo desejou sentir brisa suave.
Misteriosamente, vento me desnudou,
Nada o deteve, menos se intimidou.
Senti frio como se fora a despida ave,
Coração gritava por amor… por amar.
O mar se apiedou, me transformou
Numa sereia aconchegada na areia.
As marolas rendadas me cobriram,
Um pássaro me ofertou a almofada.
A mãe d'água soltou meus cabelos,
O mar serenou, manso, me enlaçou.
Na magia, passantes não me viam,
Virei a estátua dos meus sonhos.
Inspiradíssima nostalgia que te deixou os sentimentos mais ainda brotarem e transformarem tudo em poesia! Lindo mar e nem todo dia a rede chega cheia, mas cada dia é um dia! O mar sempre esta lá a esperar... beijos, ótimo dia! chica
ResponderExcluirO mar sempre a tocar a alma da poetisa.
ResponderExcluirMaravilhoso poema
Beijinhos