Umalinda camponesa gostava de cuidar do seu jardim, usava um grande regador de metal.
Regava as plantinhas com muito gosto, semprecantando, com um pedaço de madeira na outra mão, pois poderia se aproximar algum bichano inconveniente e precisava ser prevenida.
Ao tirar as ervas daninhas dos canteiro, encontrou um charuto queimado em meio às flores.
Prontamente o retirou para não contaminar a beleza do jardim. Deixava tudo limpinho que dava gosto.
Viver no mundo da lua não é nada fácil como alguns julgam.
Uma infinidade de asteróides pairam no ar...
Constelações e plêiades embelezam o espaço sideral numa competição ferrenha sem opção de escolha pelo esbanjamento de rara beleza.
Planetas rondam o horizonte, satélites competem na luta desigual.
É um desafio e tanto...
Nada tão poético como sempre aprendemos e imaginamos.
A começar pela dualidade da astrologia e astronomia, o mundo continua a ser muito mais do que se imagina.
Planeta onde apenas vulcões reinam, outro onde já houve água e só resta um lençol subterrâneo pequeno.
Saímos em busca da tal lua cheia dos poetas e as nuvens deacarregaram um aguaceiro pelo Sudesteinclusive, impossibilitando a visão privilegiada do observatório visitado.
Ficou na saudade tal cena encantadora capaz de derreter os corações insensíveis.
Ela não é assim tão exibida como aparenta, é também tímida e se esconde quando a vergonha de se desnudar é grande.
O sol a ama tanto que eles se encontram algumas vezes nos eclipses. Querem dar um abraço só deles, tão em uníssono que um encobre o outro.
Um mistério extasiante há milhões de anos deseja ser desvendado e nunca é ou será de todo desvelado.
Foto do nosso Planetário em Vitória ES.
Fiquei encantada com o cenário externo também.
Há muita coisa no ar e eu prefiro a Terra e água bem próximos a mim.
Já estava cansado de tantas guerras e correrias sem sentido algum. Sua bengala estava pesada.
Roupa branca em forma de túnica com uma grega na barra bem singela e bonita.
Um calor fazia no réveillon, salada de frutas à mesa, gelatinas coloridas, um tender com maionese bem frequenta iria aguçar o paladar de sua família.
Era uma nova possibilidade no ar, teria menos guerras de todo tipo? As pessoas seriam mais sinceras? Amar-se-iam mais?
Tantas expectativas e o prato vazio da intolerância em vários níveis rondava também os momentos inaugurais do bebê 24.
Ela não perdia a esperança jamais, mesmo tendo tido tanta desilusão no ancião 23, era incansável na esperança de dias melhores e de pessoas mais gente.
O mundo estava em polvorosa, os seres humanos ardiam de euforia pela novidade à beira-mar. Espumantes faziam a festa, taças brindavam sem parar, num tilintar constante como que se as bocas ávidas de álcool estivessem sedentas de amor.
Ela percebia tudo, casada e emocionada com tanta zoeira e confusão ao seu redor.
Do alto, da sua varanda, assistia a tudo enquanto lágrimas rolavam em sua face.
Algumas pessoas não estavam mais...
Tinham sido tão importantes em sua vida, faziam a diferença para ela e não mais a acompanham...
Era um descortinar do novo e o cérebro não atendia seu coração...
Haveria chance de risos voltarem ao seu rosto?
Só Deus saberia, não mais.
Agradecia a Deus por conservar sua saúde, sua estranha mania de confiar ainda nas pessoas e de ser tão forte para receber as decepções com tanta força interior.
Só poderia ser coisa dos novos ares da nova criança indefesa que precisava dela para passar folha por folha, dia por dia, mês por mês, com ânimo e generosidade.
Decidiu: seria mais um belo calendário a perpassar.
A água salobra a ajudaria a lavar sua alma sempre que precisasse de força espiritual e física.