"Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar.
(Hhalil Gibran)
Num surpreendente itinerário,
"Deve existir algo estranhamente sagrado no sal: está em nossas lágrimas e no mar.
(Hhalil Gibran)
Num surpreendente itinerário,
ondas vão, vêm,
reflexos nos convêm,
lampejos de Amor,
entre pedras de dissabor,
eflúvio do coração,
requer compaixão
em toda emoção,
água de comoção.
II
Há pirâmides de cascalhos,
caminho entre atalhos,
eles me protegem,
de ferir meus pés,
aos céus se elevem,
de tristeza, ao invés,
todas minhas preces.
Minha participação na iniciativa da amiga Mari.
"Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena. O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Sentindo uma nostalgia inexplicável,
Um sentimento de ternura provável.
Resolvi numa tarde caminhar devagar,
Meu corpo desejou sentir brisa suave.
Misteriosamente, vento me desnudou,
Nada o deteve, menos se intimidou.
Senti frio como se fora a despida ave,
Coração gritava por amor… por amar.
O mar se apiedou, me transformou
Numa sereia aconchegada na areia.
As marolas rendadas me cobriram,
Um pássaro me ofertou a almofada.
A mãe d'água soltou meus cabelos,
O mar serenou, manso, me enlaçou.
Na magia, passantes não me viam,
Virei a estátua dos meus sonhos.
Se estamos num barco, é bom escutar as águas,
apreciar as margens, tentar enxergar
o porto de chegada não como ânimo sombrio,
mas como quem, em plena viagem,
avalia o próximo cais e tenta se abrir
para o novo que ali nos aguarda."
Eu sou a que vive pela praia,
vejo o poente dourado
ou no tom avermelhado...
Ando devagarzinho pela areia macia,
deixo a marola me lavar os pés,
Meu corpo tem um leve dourado,
a larga aba do meu chapéu
cobre o sol do meu rosto...
A deusa das águas vai junto,
não me abandona jamais.
As ondas batem nas pedras,
eu fico a contemplar...
O mar tem seus mistérios,
arabescos formam-se no ar...
Tão bonito de apreciar!
Óculos escondem meus olhos
encharcados, sensíveis, cheios de saudade.
Dias azulados me movem,
tardes douradas me renovam,
o poente me fascina.
"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
Dias não maravilhosos,
Quando o dia amanhece,
Belo sol no mar é como um girassol,
Contemplo sentindo seu bom perfume.
O cheiro da maresia muito me inebria,
Fico em êxtase do nascente ao poente.
O Mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O Mundo é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O A...