Em sulcos de silêncio.
sussurro à brisa marítima,
minhas marés de sossego.
Com sal e vento,
navego pelas cristas das vagas,
recebo beijos molhados.
A areia fria me alerta
do voo das gaivotas nas pedras,
maritacas gritam seus medos.
As rochas recebem as ondas,
no mar de ilusões várias,
acalmam meus tormentos.
Deixo minhas pegadas na areia,
nem sei se são as minhas
ou as Dele no gigante azul.
Salgo meus pés,
sem ambição, adocico meu ser,
meu coração se enfeitiça.
O mar me prende como rede,
na porção de água esverdeada,
nele, me sinto amada.